sábado, 24 de dezembro de 2011

PESADELOS

Pessoas que dormem mais tarde têm mais pesadelos

6/9/2011 12:01,  Redação, com Agências internacionais
A prática de dormir mais tarde pode trazer problemas
As pessoas que dormem mais tarde correm mais riscos de terem pesadelos, segundo um estudo desenvolvido na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Cerca de 80% dos adultos têm pelo menos um pesadelo por ano, sendo que 5% dessas pessoas têm sonhos ruins mais de uma vez por mês.
Para esse novo estudo, publicado no periódico Sleep and Biological Rhythms, 264 universitários foram entrevistados quanto a hábitos de sono e frequência de pesadelos. Os sonhos ruins foram classificados como sonhos associados a medo, ameaça ou terror.
Os estudantes foram divididos entre pessoas que preferiam a noite e pessoas que preferiam a manhã. Pessoas dos dois grupos indicaram em uma tabela a frequência com a qual elas tinham pesadelos de acordo com uma pontuação entre zero e quatro. As pessoas que preferiam a noite tiveram uma média de 2,10 pontos, sendo que a média das pessoas que preferiam as manhãs foi de 1,23 pontos.
Os pesquisadores não sabem exatamente porque pessoas que dormem mais tarde têm mais pesadelos. Uma explicação possível é que esses indivíduos têm mais chances de terem estilos de vida estressantes e também distúrbios de humor. Outra explicação está ligada ao fato de que pessoas que preferem a noite tinham maior facilidade de se lembrarem dos seus sonhos.
O hormônio do estresse, o cortisol, também pode estar envolvido. Alterações em horários de sono podem fazer com que a pessoa esteja dormindo quando os níveis do hormônio estiverem elevados, causando sonhos ruins vívidos.
Para os cientístas, é importante que mais estudos sejam desenvolvidos sobre as origens dos pesadelos, para que seja possível fazer com que eles sejam menos frequentes ou até mesmo desapareçam.

A MULHERADA QUE JÁ PASSARAM PELA MENOPAUSA, PODE BEBER BEBIDAS ALCOÓLICAS, MODERADAMENTE


Quantidades moderadas de álcool podem oferecer alguma proteção contra doenças cardíacas
Mulheres que tomam bebidas alcoólicas de maneira moderada todas as noites tendem a envelhecer com mais saúde, segundo uma pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard.
O estudo, publicado na revista científica PLoS Medicine, concluiu que aquelas que bebiam com moderação – meio litro de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado por dia – tinham chances bem maiores de chegar com saúde aos 70 anos do que as que bebiam demais ou do que as abstêmias.
A análise dos hábitos de 14 mil mulheres também concluiu que é melhor beber menores quantidades ao longo da semana que concentrar o consumo de álcool nos fins de semana.
Em comparação com abstêmias, mulheres na faixa dos 50 anos que bebiam de 15g a 30g de álcool (uma a duas bebidas) por dia tinham 28% mais chance de atingir o que os cientistas americanos chamaram de “envelhecimento saudável”, que significa um bom nível geral de saúde, livre de problemas como câncer, diabetes e doenças cardíacas a partir dos 70 anos.
Os especialistas não sabem, no entanto, se é o álcool que gera o benefício ou se outras coisas que acontecem simultaneamente nas vidas dessas mulheres que as tornam mais saudáveis.
Os pesquisadores dizem que tentaram controlar fatores como fumo, que poderiam afetar os resultados.
Estudos anteriores já mostraram que o consumo moderado de álcool – não mais do que duas ou três unidades por dia – está ligado a um menor risco de problemas cardíacos e outras doenças.
Além disso, cientistas também mostraram que o álcool pode ter um impacto positivo no corpo, reduzindo a incidência de inflamações, colesterol alto e resistência à insulina.
As bebidas alcoólicas já foram relacionadas, no entanto, a doenças como o câncer de mama.
– Quantidades moderadas de álcool podem oferecer alguma proteção contra doenças cardíacas, especialmente para mulheres que já passaram pela menopausa, mas é importante não exagerar –, diz Natasha Stewart, da ONG British Heart Foundation.
– Beber demais não protege o coração e pode inclusive levar a danos nos músculos cardíacos, derrame e pressão alta. Para quem não bebe, certamente não é preciso começar agora.

ATIVIDADES FISICAS NO TRABALHO VAMOS FAZER

Ginástica laboral ajuda a prevenir doenças decorrentes da má postura

15/9/2011 12:46,  Redação, com ABr - de Brasília
O trabalho pode ser um lugar de incentivo à prática de atividades físicas
A ginástica laboral pode ajudar na prevenção de doenças causadas pela má postura corporal no trabalho, segundo a presidenta da Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL), Valquíria Aparecida de Lima.
– Os números de afastamentos do trabalho no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão cada vez maiores e só a prevenção pode ajudar –, afirmou, durante audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o assunto.
Ela disse ainda que o brasileiro está cada vez mais sedentário, e o trabalho pode ser um lugar de incentivo à prática de atividades físicas.
– O trabalho é uma oportunidade de estimular uma vida mais saudável –, destacou.
Valquíria informou ainda que uma pesquisa feita em empresas e indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro, com profissionais das áreas administrativa e têxtil, contatou que mais de 80% deles não praticavam qualquer atividade física.
– A inatividade traz prejuízos, e essas pessoas estão a caminho de ter alguma doença –, ressaltou.
Membro da diretoria e conselheiro fiscal da Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL) em Minas Gerais, Marcos Maciel, disse que há várias pesquisas sobre a ginástica laboral e a maioria delas concluiu que a “ginástica laboral é eficaz na redução do estresse, da fadiga e de doenças ocupacionais”.
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.083/09, que obriga os órgãos e as entidades da administração pública federal (direta e indireta) a oferecerem, no próprio local de trabalho, atividades de ginástica laboral aos servidores.
A matéria já foi aprovada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e será apreciada pela Comissão de Seguridade Social e Família e pela de Constituição, Justiça

A TERRA E VIVA

Hoje é vastamente aceita e entrou já nos manuais de ecologia mais recentes (cf.R. Barbault, Ecologia Geral, Vozes 2011) a ideia de que a Terra é viva. Primeiramente, ela foi proposta pelo geoquímico russo W. Vernadsky na década de 1920 e retomada, nos anos de 1970, com mais profundidade por J. Lovelock e entre nós por J. Lutzenberger, chamando-a de Gaia. Com isso se quer significar que a Terra é um gigantesco superorganismo que se autorregula, fazendo com que todos os seres se interconectem e cooperem entre si. Nada está à parte, pois tudo é expressão da vida de Gaia, inclusive as sociedades humanas, seus projetos culturais e suas formas de produção e consumo. Ao gerar o ser humano, consciente e livre, a própria Gaia se pôs em risco. Ele é chamado a viver em harmonia com ela mas pode também o romper o laço de pertença. Ela é tolerante, mas quando a ruptura se torna danosa para o todo, ela nos dá amargas lições.
Todos estão lamentando o baixo crescimento mundial, especialmente nos países centrais. As razões aduzidas são múltiplas. Mas para uma visão da ecologia radical, não se deveria excluir a interpretação de que tal fato resulte de uma reação da própria Terra face à excessiva exploração pelo sistema produtivista e consumista que tomou conta do mundo. Ele levou tão longe a agressão ao sistema-Terra a ponto de, como afirmam alguns cientistas, inauguramos uma nova era geológica: o antropoceno, o ser humano como uma força geológica destrutiva, acelerando a sexta extinção em massa que já há milênios está em curso. Gaia estaria se defendendo, debilitando as condições do arraigado mito de todas as sociedades atuais, inclusive a do Brasil: do crescimento, o maior possível, com consumo ilimitado.Terra
Já em 1972 o Clube de Roma se dava conta dos limites do crescimento, este não sendo mais suportável pela Terra. Ela precisa de um ano e meio para repor o que extraímos dela num ano. Portanto, o crescimento é hostil à vida e fere a resiliência da Mãe Terra. Mas não sabemos nem queremos interpretar os sinais que ela nos dá. Queremos continuar a crescer mais e mais e, consequentemente, a consumir à tripa forra. O relatório “Perspectivas Econômicas Mundiais” do FMI, prevê para 2012 um crescimento mundial de 4,3%. Vale dizer, vamos tirar mais riquezas da Terra, desequilibrando-a como se mostra pelo aquecimento global.
A “Avaliação Sistêmica do Milênio” realizada entre 2001 e 2005 pela ONU, ao constatar a degradação dos principais itens que sustentam a vida advertiu: ou mudamos de rota ou pomos em risco o futuro de nossa civilização.
A crise econômico-financeira de 2008 e retornada agora em 2011 refuta o mito do crescimento. Há uma cegueira generalizada que não poupa sequer os 17 Nobeis da economia, como se viu recentemente no seu encontro no lago Lindau no sul da Alemanha. À exceção de J. Stiglitz, todos eram concordes em sustentar que o marco teórico da atual economia não teve nenhuma responsabilidade pela crise atual (Página 12, B. Aires, 28/08/2011). Por isso, ingenuamente postularam seguir a mesma rota de crescimento, com correções, sem se dar conta de que estão sendo maus conselheiros.
Mas importa reconhecer um dilema de difícil solução: há regiões do planeta que precisam crescer para atender demandas de pobres, obviamente, cuidando da natureza e evitando a incorporação da cultura do consumismo; e outras regiões já superdesenvolvidas precisam ser solidárias com as pobres, controlar seu crescimento, tomar apenas o que é natural e renovável, restaurar o que devastaram e devolver mais do que retiraram para que as futuras gerações também possam viver com dignidade, junto com a comunidade de vida.
A redução atual do crescimento representaria uma reação sábia da própria Terra que nos passa este recado: “parem com a idéia tresloucada de um crescimento ilimitado, pois ele é como um câncer que vai comendo todas as células sãs; busquem o desenvolvimento humano, dos bens intangíveis que, este sim, pode crescer sem limites como o amor, o cuidado, a solidariedade, a compaixão, a criação artística e espiritual”.
Não incorro em erro na crença de que está havendo ouvidos atentos para essa mensagem e que faremos a travessia ansiada.
Leonardo Boff é teó